terça-feira, 12 de julho de 2011

Depois de um longo tempo...

...sem ter feito nenhuma postagem, volto aqui para mostrar mais uma poesia criada pelo meu pai José Dinalberto de Oliveira, que mesmo sem ser reconhecido pelo mundo, seu talento é eminente e declarado.
   Sem mais delongas, trago aqui meus sinceros agradecimentos a quem visita e doa um  pequeno tempo de seu dia para ler algumas dessas poesias, espero que lhe agradem e boa leitura!    
    
                                   Ave Averbando


     No centro do jardim
Entre urtigas e orquídeas
O arbusto do absurdo
Absorve
A paisagem

Lança aos pássaros
Suas sementes de canto
E às bocas o fruto
Com gosto 
De entardecer

Estende seus ramos
Sobre as conciências
E varre a terça
Parte das 
estrelas

Porém no ventre
De toda pedra
Sempre um sonho medra
E a rima exata
Sempre se desata

Desde que o tempo
Provou ser sua própria
Definição indefinida
Quando da boca de um anjo
Uma mulher roubou do império

A ave e o vôo
Sobre todas as árvores.