quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

de volta a terra de Imaginária


Quando seus olhos estão azuis
as estrelas se silenciam,
a noite ofuscada nada pode fazer
que se entregar ao seu feitiço.

Quando meus lábios estão vermelhos
abrindo-se em botão de rosas
esperando um beijo empalidecer a carência,
nada posso fazer
apenas mentalizo esse momento,
o encontro de dois rios
formando esse mar dentro de nós.

Traga nos de volta as doces ilusões,
as falsas visões
de felicidade eterna.

Quando sua canção morrer
serei a única a deitar ao seu lado,
trêmula a abraçar-te na branca tristeza,
deitados na fria terra de Imaginaria.

Quando o fantasma dos bons tempos
assombrar meu corpo vazio
Tu serás o fantasma?
o que poderá trazer o céu nos teus olhos de novo?
a alegria pertinente dos mortos,
o refúgio de todos os males.

Espere! guarde seu último suspiro pra mim.