quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Janela aberta



Noite, exale seu perfume escarlate!

Uma janela secreta se abre,
meus gritos
nas asas de um pássaro
em busca de um novo amanhecer
flutuando imerso neste OCEANO-CÉU,
Minhas lágrimas
adormecem abaixo das árvores,
prendendo-me em suas raízes.

Oh, insolúvel pesar!
longa é a espera pela luz,
Eu desejo sair por esta janela
abrir os braços,
Voar uma única vez,
sentir o sereno tocar
os anos expostos em meu rosto,
correr junto as flores,
feri-las ao som do silêncio!
Resvalecer e cair.

E eu,
Eu lembrarei de olhar para trás,
Despedir-me desta casca,
(tudo que fui, tudo que sou, tudo que me restou)

Ainda estou voando!

Oh, pensamentos não me prendam aqui!
livre dos sonhos,
sem regresso.

VOAR!
sinto os segundos
deslizarem minhas veias,
e antes que minhas mãos entrelaçadas
retornem ao chão,
o fim irá me evanescer...

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